sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Matéria e forma

Em todo o ser material há uma composição de matéria e forma substancial, a forma é o princípio que determina a matéria, a essência do ser, sem ela o ser deixa de ser aquilo que é. A forma substancial é o ser em ato, a matéria é o que tem a potência de se tornar em ato, o fundamento de todo o devir. É isto que nos diz a filosofia hilemorfista de Aristóteles e Tomás de Aquino.

Nos vegetais e animais, a matéria é ordenada potencialmente a ter vida vegetal ou animal, que lhes é dada pela sua forma substancial material. Assim, a vida de uma planta ou de um animal, corresponde à sua forma substancial, a morte do animal e da planta, nada mais é que a perda de sua forma animal ou vegetal, apenas isso. Na planta e no animal não há então nenhum princípio vital extrínseco à matéria.

O problema é como se dá a constituição do ser vegetal e do animal pela atualização da potencialidade da matéria a ter vida. Em outras palavras, como a potência da matéria a ter vida é atualizada por sua forma, sem a qual ela não é nem vegetal nem animal.
A noção de potência requer sem dúvida um profundo esforço de abstração e compreensão, mas sem ela é impossível conceber ou explicar a natureza íntima da matéria, e mais especificamente, a mudança que esta sofre na personalidade de essência.
É claro que a pura potência não existe, ela permanece, sempre, capacidade metafisica, a fonte passiva para o corpo total, e por conseguinte não existe a pura matéria enquanto só potência. A matéria que perfaz o conteúdo ontológico do vegetal e do animal tem a mesma substância mineral, ou seja, é uma matéria que já está atualizada na forma mineral.
Como então a matéria mineral passa a ser vegetal?
Para os mecanicistas, evolucionistas, a matéria mineral, simplesmente por sua ordenação, transforma-se em vegetal, isto é, torna-se matéria viva. Ou seja; Um absurdo completo.
O que na verdade ocorre é algo totalmente distinto. A matéria mineral torna-se vegetal pela assunção de uma nova forma. Assim como a madeira é tal por sua forma substancial, e passa a ser cinza, mudando de forma substancial, pela ação do fogo, assim também a matéria puramente mineral torna-se vegetal, e portanto viva, por uma mudança de forma substancial.
Entretanto, resta responder uma questão crucial: O que faz a matéria mineral mudar para a forma substancial vegetal?
Nada passa de potência latente para ato consumado por si mesmo. Todo o movimento exige que o ser em potência para uma qualidade, receba essa mesma qualidade de outro ser que já a possua em ato concreto.
Tendo a matéria mineral a potência de se tornar viva pela assunção de uma nova forma substancial, é necessário que essa forma seja dada (pelo menos inicialmente) por outro ser que não seja a pura matéria mineral que, estando em potência para a vida não pode tê-la atualmente.
A vida vegetal e a vida animal não são, nem o resultado de uma ordenação mecânica, nem a inserção de não se sabe bem o quê, mas simplesmente a forma substancial vegetal (puramente material) da planta, e a forma substancial animal (puramente material) do animal.
O bom senso e a metafísica ensinam que, o ser é idêntico a si mesmo (princípio de identidade), pão é pão, pedra é pedra. Uma coisa não pode ser e não ser, ao mesmo tempo, sob o mesmo aspeto (princípio de não-contradição). Estes dois princípios são decorrentes da própria noção do Ser Absoluto, Deus.
Com efeito, repugna à perfeição do Ser absoluto a possibilidade de mudança. O Ser perfeito não pode nem tornar-se mais perfeito, nem decair de perfeição. Deus, sendo puro Ato, sem nenhuma potência, é incapaz de qualquer mudança. Mudar é passar de potência de uma qualidade para a realização ou posse dessa qualidade. Deus não tem potência passiva. Logo, Deus não pode mudar. O Ser por excelência é imutável.
Perante o Ser absoluto, só há duas visões possíveis: Ou se admite o que Ele é, como Ele é, ou se nega, afirmando que Ele não existe (ateísmo) e que só existe a mudança (Gnose).
Os seres criados são seres por analogia com relação ao Ser absoluto. Todo o ser criado tem qualidades em ato e qualidades que pode vir a ter, que estão em potência. Portanto, mudança ou movimento é a passagem de potência de uma qualidade, para a realização dessa mesma qualidade. Mudar é passar de potência para ato, com relação a uma determinada qualidade.
O movimento em causa, não é simplesmente o movimento físico, como de alguém que se desloca de um lado para o outro, o termo movimento, na metafísica, significa mudança, passagem da potência ao ato, a concretização de uma possibilidade. A mudança de local é apenas um tipo de mudança.
O movimento é traduzido pela fórmula:
(M=PX-AX) Mudança = Potencia de X para Ato de X
Notamos, porém, que há coisas que mudam, quase todas as coisas que vemos são mutáveis, mas se algo muda, existe também aquilo que é imutável e absoluto. A verdade não se altera, a verdade é permanente, o quadrado da hipotenusa será sempre igual à soma dos quadrados catetos, a soma dos ângulos internos de um triângulo será sempre 180º, o que é verdade hoje, será sempre verdade amanha.
Nas coisas que mudam, verificamos que certas qualidades existentes são factuais, mas, existe uma capacidade (potencialidade), no ser, para as qualidades que podem ser recebidas. Então, podemos notar, qualidades existentes que se dizem em ato, isto é, realizadas, e também, qualidades que podem vir a existir, isto é, em potência.
Na natureza podemos observar que as coisas mudam, mas nada muda por si mesmo, ou seja; se o ser mudasse sozinho, ele teria que ter determinada qualidade, em potencia, ainda por receber, dentro de si mesmo, o quer seria uma incongruência. Se o ser tem potência de receber determinada qualidade, é porque ainda não a possui.
Nada pode mudar sozinho. Vejamos, por exemplo, uma estátua de ferro com potência para adquirir ferrugem, no entanto ela não se enferruja por si mesma, a oxidação dá-se porque a humidade, na atmosfera, possui oxigénio e como o ferro tem potência de receber oxigénio, torna-se oxidado, com óxido de ferro.
Então, um ser que tenha potencia para determinada qualidade, tem que receber essa mesma qualidade de um outro ser, ou seja; o ser em ato, dá a qualidade que ele possui para outro ser que tenha potencialidade para essa mesma qualidade.
A mudança de potência para ato realizado, dá-se da seguinte maneira:
No ser que muda, a potência existe antes que o ato, mas, no fenómeno da mudança, o ato precede a potência. É extremamente importante compreender isto.

Vemos na natureza, uma serie enorme de mudanças.

Se um ser está em potência de uma qualidade, e passa para ato, é porque recebeu de um outro ser, essa mesma qualidade. Este ser anterior tem aquela qualidade em ato, mas se ele tem aquela qualidade em ato, é porque antes, também ele tinha potência de receber essa qualidade em ato. Só pode haver uma qualidade em ato, se existiu antes uma potência, nesse mesmo ser.

As mudanças precedem-se, continuamente, de potência para ato. Uma serie enorme de movimentos são formados na natureza, a pergunta que se faz é a seguinte:

Esta serie enorme de movimentos, um depois do outro, passando uma qualidade, de um para outro, ou ela é uma serie infinita, ou ela é finita.

Vamos examinar as duas possibilidades.

Se a serie de movimentos fosse infinita, ela não teria princípio. Não haveria 1ª mudança, nem 2ª, nem 3ª, nem 4ª, nem 5ª, e aí por diante. Não haveria mudança nenhuma.

Então é falso que a serie seja infinita.

Esta sequência de movimentos não pode ser infinita porque ela é composta de pequenos movimentos separados. Ora, o infinito não é divisível em fazes ou momentos, o infinito dividido por 2 é infinito, por 5 é infinito, por 10, é infinito.

O infinito é indivisível e esta sequência de movimentos está dividida. Logo, esta serie de movimentos, tem que ser finita. Sucedeu um início.

Cada movimento começa por potência que passa para ato, se a sequência fosse infinita, então teria que existir, sempre, a potência no início. Mas o mudar exige primeiro o ato. Logo existe um primeiro Ser em grau absoluto, com todas as qualidades em grau máximo (Ato Puro).

A metafísica na ideia é a superioridade do ato sobre a potência e sua anterioridade em termos absolutos, tudo o que está efetivamente realizado, ou seja, tudo o que é, está em ato de perfeição. Um ente que muda é imperfeito porque está prestes a adquirir ou perder algo, o que lhe denota a finitude ou contingência.

Todo o ser criado muda. A negação de que os seres contingentes mudam, é colocar as criaturas ao nível do Criador, e isto é panteísmo grosseiro. Foi este o erro de Parmênides, ao não distinguir os seres pelo princípio da analogia, e afirmando então que só existe o Ser absoluto, imutável. Ao cair nesse erro, ele identificava o ser da pedra com o ser divino, e tinha, então, que negar a evidência das mudanças.

Heráclito caiu no erro oposto ao afirmar que só havia a mudança sem que existisse um sujeito que mudava. Deste modo, Heráclito negava o ser e caia na Gnose. Tal como os naturalistas da teoria sintética moderna.

Os seres criados são análogos, isto é, semelhantes ao Ser absoluto. Nos seres por analogia, algo não muda e algo muda. Cada ser análogo é o que é, por sua forma substancial. Tudo o que existe é ser, porém, as coisas que encontramos no universo apenas têm o ser. Não são o Ser. O conceito de ser não é nem unívoco, nem equívoco, mas análogo.

Ser, em sentido próprio e absoluto, é aquilo que existe por si mesmo, que é imutável, eterno e infinito. Em sentido estrito, só Deus é Ser. As coisas que Deus criou são semelhantes a Ele em graus diversos. Na medida em que uma coisa possui qualidades em ato, nessa mesma medida se parece com o Ser e é ser. As coisas puramente materiais têm a menor analogia com o Ser absoluto, e são, pois, o menor grau de ser possível. Já os vegetais, além de existirem, têm vida.

A forma substancial do homem pode portanto definir-se metafisicamente, como a forma substancial de um corpo vivo. Por conseguinte, o espírito e o corpo não são dois entes distintos, mas dois distintos princípios do mesmo ente.

Com efeito, também a forma substancial é capaz de mudanças, a madeira queimada torna-se cinza, mas ela não pode ser madeira e cinza ao mesmo tempo. Nem é capaz de mudar por si mesma. Para mudar, ela tem que receber a qualidade para a qual está em potência, de outro ser, que tenha aquela qualidade em ato. O fogo.

Se assim não fosse, toda e qualquer alteração seria acidental, secundária, sem que a diferença se distinga do pressuposto diferencial. Um cadáver não é um corpo humano, aqui, sim, temos um agregado acidental de células, despojado de toda e qualquer unidade essencial ou substancial. Os argumentos mecanicistas são incapazes de explicar o mundo inorgânico, falham completamente no confronto com o mundo material. Eles consistem em afirmar a ausência de forças irredutíveis aos fatores físico-químicos.

Ainda segundo os argumentos mecanicistas, no organismo de tais “entidades imateriais”, tudo se dá em razão de reações complexas destes fatores, além disso, como função alguma é absolutamente própria ao domínio da vida, os limites entre o inorgânico e o orgânico, se existem, são de todo imprecisos e indiscerníveis.

Tudo quanto há na criação, ainda que se trate de uma partícula atómica, é já uma síntese matéria-forma, é uma dualidade ontológica, é impossível existir matéria sem forma. Por conseguinte, a potência não é algo que se possa figurar visível nem percetível. Sem este princípio quântico seria impossível compreender a mescla de estabilidade e mudança de uma modificação substancial.

Para o evolucionismo, tal não acontece. O ser teria, em si mesmo, uma força imanente que o levaria necessariamente a fazer desabrochar o que nele já existia em estado latente. O primeiro e único ser seria como uma semente da qual desabrochou todo o universo. Como afirma a dialética hegeliana, “o ser é o que não é, e não é o que ele é.”

Observamos, então, que há uma estreita relação entre o evolucionismo e uma conceção monista panteísta do ser, semelhante a uma visão gnóstico-dialética do universo. De qualquer modo, o evolucionismo afirma um igualitarismo metafísico. No fundo, todas as coisas seriam transformações de um único ser, intrínseco à matéria, pois em ambas as variantes (panteísta ou gnóstica) nega-se que o universo tenha sido criado por um Deus transcendente.

O que é a criação?

A criação significa, no mais fundamental nível, que Deus criou o mundo sem matéria pré-existente, ou pré-estados de forças indeterminadas. Deus cria livremente do nada, e é absolutamente transcendente à sua criação.

A criação não é uma mudança, mas uma relação continua de ontológica dependência das criaturas com Deus. A criação não é um momento no tempo, ou um evento passado, mas uma atividade continua de Deus, de como Ele mantém todas as coisas no ser, em cada instante.

Em contraste com Deus, ser criatura significa receber o ser, para ser causado e participar da existência, as criaturas caracterizam todas as coisas finitas, são contingentes, enquanto Deus é absolutamente necessário. Só Deus é, absolutamente, aquilo que subsiste por si mesmo, a sua própria essência é ser, existir. Deus é causa não causada e não poderia não existir.

Deus criou o mundo, a partir do nada (ex nihilo) e não a partir de si (ex Deo), o mundo veio de Deus, Ele foi a sua causa, mas não a sua substância. O mundo veio a existir por Ele, mas não é feito dEle.

Criar do nada é fazer surgir a criatura da não existência. Não significa que Deus preenche a criatura, ou que a essência divina está na matéria. Ele apenas lhe dá o ser, sendo que Deus é o próprio Ser.

Como o Ser absoluto pode criar do nada?

O universo antes de existir, não existia.
Deus fez algo que, antes de ser feito, não tinha existência, quer nele ou em outro lugar. Não existe um dualismo, como se Deus e o nada fossem duas substâncias eternas. Deus é eterno, o nada nem tão pouco existe. Conceber o nada como algo coexistindo com o próprio Deus, é um exercício mental que pressupõe duas realidades separadas para descortinar o paradigma da existência, de algo que não existe, nem se pode imaginar.

Se tentarmos conceber o nada, vamos cair na realidade do não ser. A existência de um nada absoluto seria colocar o incognoscível como parte da existência, e disto resultaria que a ausência da matéria é uma existência com potencial por essência.

Acontece que toda a essência provém do Criador, puro ato onde não há potencia.
Com efeito, antes do tempo, antes do espaço, antes das leis da física, antes que qualquer criatura existisse, Deus, em sua eternidade, preenche o absoluto. O mundo não é fruto duma qualquer necessidade, dum destino cego ou do acaso, a criação tão pouco é uma emanação necessária da substância divina, mas procede da livre vontade de Deus.

Romão Casals

domingo, 10 de dezembro de 2017

Evidências da criação

Cada vez mais a descoberta da origem humana nos leva a um ponto singular, estudos recentes de biologia molecular, evidenciaram que 60% do genoma humano provem de um único ancestral feminino que viveu há aproximadamente 6.500 anos. Ficou demonstrado perante a anatomia e ADN mitocondrial, que decisivamente nunca houve qualquer estágio na suposta evolução humana.

A pesquisa foi realizada na Universidade da Califórnia (Berkeley) pela Dra. Rebecca L. Cann e sua equipa. Ela fez um estudo muito interessante, na área do ADN mitocondrial, que é repassado de uma geração para outra, pela parte feminina. Conseguiu determinar o início da espécie humana.

O estudo foi realizado tendo como referência 147 pessoas de diversas zonas do planeta, sem qualquer relação sanguínea ou grau de parentesco, entre as quais encontravam-se, aborígenes da Austrália, pigmeus de África, pessoas da Sibéria, do oriente médio, China, etc. Descobriu-se que todos tinham o mesmo ADN mitocondrial e descendiam de uma mesma mulher.

(“Mitocondrial DNA and Human Evolution”. Publicação científica, Revista Nature, Vol. 325, pag.31-36, janeiro de 1987)

Mais recentemente, em 1997, o Dr. Lawrence Loewe em conjunto com o Dr. Siegfried Scherer, tendo como objeto de pesquisa os recentes estudos da Dra. Rebecca, tentaram estabelecer qual o espaço de tempo necessário para especiação e adaptação, entre o ser humano atual e o seu antepassado em estado completo (totalidade de reserva genética).

Ou seja, verificar as pequenas variações encontradas no ADN mitocondrial de todas as pessoas e tentar resolver um problema de tempo, como se fosse um pequeno cronometro interno. (Quando uma pequena variação ocorre no DNA, existe um período para que essa variação se estabilize, dentro de um determinado grupo, raça ou etnia)

Comparando as diferenças dentro das variações de culturas diferentes, obtemos com pouca margem de erro, um relógio confiável. A “Eva mitocondrial” teria vivido entre 6000 e 6500 anos no passado, era a mulher que tinha o ADN mitocondrial perfeito.

(“Mitocondrial Eve: The Plot Thickens”. Publicação científica, Trends in Ecology and Evolution, Vol.12, pag.422-423, novembro de 1997)

Conclusão final da pesquisa: A origem do ser humano foi um ser humano. Qualquer outra explicação é mera especulação científica.

Esta foi também a conclusão da Dra. Ann Gibbons em janeiro de 1998, publicado na revista Nature, Vol.279, Pag.29, “Calibrating the Mitocondrial Clock”. O cálculo firmou-se, por limite máximo, entre 100 e 150 mil anos aproximadamente, ou seja; considerando o limite máximo de erro admissível, o ser humano jamais poderia ter aparecido na face da terra, em um período de tempo, superior a 150 mil anos, no passado.

De qualquer das formas, tendo em conta a proposta evolucionista, percebe-se claramente que existe algo de muito errado com as supostas datações, vulgarmente atribuídas no meio académico. Deparamo-nos com uma gritante discrepância de tempo, inexplicável, os defensores da teoria naturalista asseguram que o ser humano teria evoluído entre 5 e 7 milhões de anos atrás.

A linha de tempo gigantesca de que trata o evolucionismo, dado a necessidade de pequenas micro evoluções, processos incrementais aumentando, produzindo uma complexidade maior e uma adaptação coerente com o meio ambiente, afirma que a vida deve existir pelo menos há biliões de anos. O naturalismo invoca o pressuposto de que o meio ambiente foi mudando muito lentamente (uniformitarismo).

As evidências específicas de uma suposta evolução, seriam encontradas no registro fóssil quando ao observar as plantas e animais que existiram no passado, deste modo se descobriria como vida teria evoluído. Pelo menos é essa a sugestão.

Charles Darwin apresentou os indícios que supostamente comprovariam a teoria da evolução baseando-se em quatro disciplinas da ciência: biogeografia, embriologia, morfologia e a paleontologia. Nesta última reside a sua proposta central. A “evidência da evolução da vida” deveria aflorar, trazendo consigo as muitas formas de transição entre as espécies, preenchendo as supostas lacunas deixadas pelo tempo.

Através da datação dos fósseis, uma possível cronologia, demonstrando um sucessivo aparecimento e desaparecimento da vida no nosso planeta, poderia ser feita. Portanto, a paleontologia seria a chave para que fosse aberto o grande livro sobre o desenvolvimento da vida no nosso planeta. Dentro desta perceção, comum entre muitos estudiosos, a paleontologia deveria mostrar claramente a evolução da vida, mas não mostra.

Vejamos o que nos tem a dizer a paleontologia, a geologia, e a datação radiométrica.

A evolução está fundamentada em interpretação subjetiva, o estudo científico dos fósseis tem revelado algo muito diferente sobre a história da vida no planeta Terra, é importante notarmos que as duas propostas básicas que os evolucionistas tomam, tanto para a datação (permanência de fenómenos), quanto para a evolução da vida (constância das condições), as duas são falsas. Não existem evidências geológicas ou paleontológicas, que comprovem ambas as premissas.

Sabemos que os processos de fossilização dependem totalmente dos diferentes tipos de tecidos orgânicos e das diversas condições associadas ao processo. Muitos conceitos errados sobre formação de fósseis ainda permanecem como parte da discussão sobre as evidências do registro fóssil. Estas ideias influenciam diretamente as interpretações que são dadas aos achados paleontológicos.

Para que um fóssil possa ser formado, devem existir fatores que possibilitem a preservação do organismo contra fatores que possam inibir a sua preservação. Um dos principais fatores que precisa ser inibido rápidamente é a decomposição orgânica. Fósseis de animais aquáticos que apresentam uma grande quantidade de detalhes na sua estrutura, aparecem extremamente bem preservados, mostrando que a fossilização foi rápida.

Com efeito, para que animais sejam fossilizados rápidamente, há necessidade de um soterramento rápido, para que o processo de decomposição possa ser desacelerado e inibido. Contudo, apenas isto não é suficiente. Um ambiente anóxico (com pouco oxigénio) seria um outro fator importante para a preservação do material orgânico, até que o processo de fossilização fosse finalizado.

Ainda um terceiro fator importante é o enclausuramento em sedimentos que impossibilitariam a dissolução do organismo. Estes três fatores são necessários para contrapor os mecanismos de intempérie e erosão (processos mecânicos), a oxidação e a dissolução (processos químicos) e atividade microbial e de animais predadores (processos biológicos).

O conjunto de todos estes fatores demonstra que, a formação de um fóssil ocorre numa situação anormal. Um animal ou uma planta que tenha uma morte natural (normal) dificilmente passaria pelo processo de fossilização. Considerando tudo isto, podemos tirar algumas conclusões importantes a respeito dos fósseis.

A abundância de fósseis demonstra a fragilidade da vida em relação a situações anormais do meio ambiente, e também atesta a quantidade destas situações anormais que ocorreram no passado. Os fatores mencionados para a formação dos fósseis, salientando o bom estado de preservação em que os mesmos são geralmente encontrados, demonstram que a grande maioria encontrada no registro fóssil passou por um processo rápido de sepultamento.

As informações contidas nos fósseis estão geralmente ligadas à história da morte do organismo e não necessariamente sobre como ele teria vivido. Dentro do contexto da origem da vida, é justamente o registro fóssil que nos revela uma outra realidade.

1º Os fósseis mostram como um ser vivo morreu e não como ele viveu, não evidenciando o desenvolvimento da vida, mas sim o seu desaparecimento.

2º Os fósseis são prova de que os processos naturais não produzem um aumento em complexidade, mas sim de diversidade.

3º Os fósseis revelam que complexidade sempre fez parte da vida existente na terra.

Curiosamente, 75% de todos os fósseis encontrados são de plantas e animais conhecidos hoje, entre outros existem fósseis de cavalos, zebras, vacas, galinhas, lobos, hienas, tigres, leões, girafas, crocodilos, camelos, rinocerontes e humanos, todos datados com 90 milhões de anos, somente 25% permanecem desconhecidos. Mais de 500 fósseis vivos testificam que, independentemente do tempo decorrido, não ocorreu nenhuma alteração estrutural ou anatómica.

Se um único fóssil pode ser considerado como prova de que a evolução ocorreu, o que dizer de mais de 500 que atestam que a evolução não aconteceu?

Segundo o registro fóssil, vida aparece subitamente, completa, complexa e com alto grau de diversidade. Espécies que viveram ao mesmo tempo, sem deixar nenhuma evidência de transição, mas sim de variação limitada e extinção. Animais e plantas que haviam sido separados por milhões de anos, pelo ensino da interpretação equivocada da cronologia evolucionista, na verdade, foram contemporâneos, como mostra o registro fóssil.

Assumir que pequenas variações teriam produzido uma evolução das espécies, é pura imaginação e não um facto científico.

Para se tornar um fóssil, o animal tem que ser subterrado rápidamente na lama, ficando preso, imobilizado, morrendo por asfixia devido ao enclausuramento, a mineralização (substituição das estruturas orgânicas por minerais) é produzida pela pressão dos sedimentos, fazendo com que os sais minerais (cálcio ou sílica) dissolvidos nos sedimentos penetrem o organismo.

Os peixes, que observamos nos fósseis, não são os mesmos que depois de morrer flutuam na água, os peixes dos fósseis foram subterrados vivos, morreram por asfixia, ao morrer liberam amónia iniciando a precipitação do carbonato de cálcio que penetra o corpo solidificando-o. Em aproximadamente 36 horas o processo de solidificação entrará em estabilização.

Fósseis não se formam em milhões de anos, os processos normais de decomposição orgânica precisam ser alterados, a maior parte dos fósseis encontram-se em rochas sedimentares, o que implica terem sido enclausurados por muita água e muita lama, em um soterramento rápido. Para que se preserve a forma e a estrutura o processo tem que ser rápido, caso contrário animais ou plantas decompõem-se.

A enorme quantidade de fósseis, preservados no planeta, é apenas explicável por uma catástrofe global, implica isto que algum evento extraordinário aconteceu muito rápidamente, formação de camadas sedimentares em um período muitíssimo curto de tempo, não em milhões de anos, conforme as demais propostas científicas (evolucionistas). Existem fontes históricas e evidências geológicas.

Em um planeta totalmente submerso pela água, seriam encontrados toneladas de fósseis, consistindo na maior prova de um dilúvio, as evidências nos forçam a concluir que em diversas ocasiões um enorme número de animais foi morto repentinamente. A quantidade de fósseis encontrados é a prova inequívoca da dimensão inacreditável de um evento cataclísmico.

O que dizer das dezenas de árvores atravessando varias camadas “geológicas” que os geólogos normalmente consideram como tendo levado centenas de milhares de anos para se acumular? Porém, tais camadas não poderiam ter levado tão grande quantidade de tempo, a árvore teria apodrecido antes que os sedimentos tivessem tempo de se acumular ao seu redor.

É claramente visível que o planeta Terra passou por algumas situações de grande anormalidade, diferente das que encontramos hoje, a formação da estratigrafia e o processo de fossilização, em rochas sedimentares, está relacionado a um processo hidrodinâmico conhecido por liquefação, é um fenómeno observável em laboratório.

Foi desenvolvida uma sequência de trabalhos, utilizando apenas um tanque com água e diferentes tipos de solo misturado com alguns grupos diferentes de animais mortos, mamíferos, anfíbios, répteis e aves, animais de tamanho e peso diferentes, o objetivo da experiência destinava-se a simular o que teria acontecido durante os dias do dilúvio, assumindo-se maré alta e maré baixa, através do método compressão, descompressão com água e lama por um período de aproximadamente 350 dias.

Como resultado obteve-se estratigrafia, a mesma formação de camadas que se observa naturalmente por todo o lado, no fundo do tanque ficaram os anfíbios e um pouco mais acima os répteis, na parte superior mamíferos e aves. O posicionamento dos animais dentro de lama e diferentes tipos de solo, é referente à densidade e não ao peso do animal.

Cientificamente falando, segundo a teoria da evolução, a cronologia mostrada pela coluna geológica equivale a 600 milhões de anos e conta a história de como vida evoluiu no planeta Terra, ou seja, o índice de sedimentação proposto equivale 1mm a cada 1000 anos, um metro de profundidade representa 1.000.000.000 de anos de história. Isto não é possível reproduzir em laboratório.

Um dos problemas é que, ao ser estudada, a coluna geológica não apresenta consenso, o método de datação apresenta falhas, estudos exaustivos mostram que não existe uma sucessão de estratos, a sequência não aparece completa em nenhum lugar do planeta, onde ela aparece faltam mais de 50% (literalmente metade) de todos os períodos geológicos. Apenas 15 a 20% da superfície da Terra possui 1/3 desses períodos (camadas) na ordem correta, de acordo com a estratigrafia explicável na proposta naturalista.

Por outro lado, a proposta criacionista quanto ao dilúvio, apresenta a mesma coluna como sendo classificatória, reproduzindo todo o processo em apenas um ano. A disposição de sistemas de estratigrafia aconteceu de forma rápida, formaram-se simultaneamente na horizontal e na vertical, não foi um processo cronológico, mas sim um sistema classificatório. Por conseguinte, a coluna geológica não mostra uma evolução mas sim uma classificação.

A teoria da evolução assume certas questões que são problemáticas, os métodos de datação estão baseados em pressuposições questionáveis, em escalas parciais, idades medidas são relativas e não absolutas, é interessante observar que a datação com carbono-14 aponta para a formação simultânea e recente do registro fóssil.

Os espectrómetros de aceleração de massa, procurando por C14, detetam este isótopo radioativo nos diferentes tipos de fósseis com idades compreendidas entre 40 a 350 milhões de anos (posicionamento geológico Fanerozoico), a diferença de quantidade é de tal modo pequena que não restam dúvidas quanto ao equívoco cronológico.

As formas de vida fossilizadas não morreram em diferentes épocas da história, pelo contrário, todas elas pereceram em um único evento da história.

Como funcionam os métodos de datação?

Os métodos de datação radiométrica medem a quantidade de elementos químicos radioativos, ou seja; são isótopos de elementos químicos, que, com o passar do tempo, se desintegram, e transformam-se em uma outra substância. O problema está em saber qual a quantidade inicial do elemento químico radioativo em desintegração, quando o fóssil foi formado.

Alguns exemplos de métodos de datação;

Samário (Sm62) – Neodímio (Nd60)
Rubídio (Rb37) – Estrôncio (Sr38)
Potássio (K19) – Argónio (Ar18)
Urânio (U92) – Chumbo (Pb82)

Todos estes métodos medem proporções.

O chumbo, por exemplo, é o resultado da desintegração de urânio. Quanto mais chumbo existir na amostra, mais tempo se passou desde a sua origem. Assume-se que todo o chumbo contido na rocha seja devido ao processo de desintegração do urânio.

Vejamos como funciona o método de datação, por Carbono-14.

O animal, enquanto permanece vivo, está absorvendo C14 no organismo, quando o animal morre, não tem mais C14 entrando no organismo. Se eu souber quanto de C14 tinha quando o animal morreu, e souber quanto de C14 tem ainda hoje, eu teria uma ideia de quanto tempo se teria passado, entre a morte do animal e hoje.

Pergunta - Quanto de carbono-14 tinha quando o animal morreu?

Resposta - Ninguém sabe.

Eles usam o dado de hoje, assume-se que durante todo o tempo nada mudou (a quantidade de carbono-14 na atmosfera foi sempre igual). Ou seja, a quantidade de carbono-14 contida no fóssil é medida, depois esse valor é então comparado com uma escala cronológica, dando assim a idade do fóssil.

(dado de desintegração atual corresponde a 15,3 desintegrações de C14/min/g de carbono)

O que aconteceria se a quantidade de carbono-14 fosse 20% a menos que o índice de hoje?

Existiria uma diferença de quase 2000 anos, e na medida em que se recua mais no passado a diferença fica cada vez maior.

O problema está em saber quanto tinha de C14, quando o animal morreu. Assume-se que a proporção de C14 na atmosfera tem permanecido constante dentro do presente nível pelos últimos 50.000 anos (para cada 1 trilião de átomos de carbono, 1 é carbono-14). Proposta feita no ano de 1952 por Willard Libby na sua monografia sobre datação com carbono-14.

No entanto, análises aos anéis das árvores e medições entre a quantidade de carbono-14 que se forma, e a quantidade que se desintegra, mostram que está havendo um aumento da quantidade de carbono-14 na atmosfera (28-37%).

Como usar corretamente o método de Carbono-14, se o problema é justamente achar o valor adequado, uma escala que seja confiável?

Será que as condições iniciais permaneceram constantes o tempo todo?

A quantidade de carbono-14, quando o fóssil foi formado, seria igual há de hoje?

A taxa de desintegração é constante?

O sistema é aberto ou fechado? (teve contaminação, ou não)

Sabemos que, a intensidade de atividade vulcânica, fonte de emissão de C12 (produção de CO2),altera a quantidade de carbono-14 na atmosfera (proporção de C14/C12), o que provoca erros de datação de vários períodos geológicos.

A revolução industrial, também alterou os níveis de C12 na atmosfera. Os índices de carbono-14 na atmosfera, hoje, são totalmente diferentes daquilo que eram há 200 anos atrás.

Mas, o fator que mais tem influência nas proporções de carbono-14, na atmosfera, é a diminuição da intensidade do campo magnético da Terra (perde metade da intensidade a cada 1.500 anos). A radiação que provem do Sol, para atingir a nossa atmosfera, precisa passar primeiro pelo campo magnético; ela atravessa o campo magnético e atinge os elementos químicos, no caso o Nitrogénio (N7).

Significa isto que, há 1.500 anos atrás, a quantidade de carbono-14 produzido na atmosfera seria quase que a metade do existente hoje. Todas estas implicações revelam que a quantidade de carbono-14 na atmosfera não é constante, será necessário efetuar curvas de calibragem para ajustar valores, e assim se possa chegar próximo da idade real. O problema é que as curvas de calibragem, geralmente, nunca são feitas.

Em contrapartida, sabemos que a meia vida do carbono-14 é de 5730 anos, o que significa que, dados estes valores, e assumindo que a quantidade de carbono-14 na nossa atmosfera fosse constante, aconteceria que, após 43,6 meia vidas, qualquer coisa com uma idade superior a 250.000 anos, não deveria conter C14 detetável. Mas não é isso que se verifica.

Quando se trabalha com espectrometria de aceleração de massa (técnica para detetar, e identificar a estrutura química de moléculas), medindo proporções de C14 e C12, nada com 62.000 anos pode conter C14 detetável.

O espectrómetro tem capacidade para medir até um mínimo de 0,055 do percentual moderno do carbono (pmc), o que equivale a 62.000 anos, aproximadamente; isto é, o espectrómetro pode detetar qualquer quantidade de carbono em rochas de até 62 mil anos; acima desta idade o espectrómetro não vai enxergar absolutamente nada de cabono-14. Ou seja, se for detetado carbono-14, o fóssil não pode ter mais de 62 mil anos.

Foram analisadas rochas do período Pré-cambriano, rochas que foram datadas com mais de 600.000.000 de anos, e se a datação está correta não poderia ser encontrado carbono-14 nas amostras, mas foi detetado e não é contaminação. Estas rochas não poderiam ter mais de 63.000 anos, ultrapassando o limite máximo dos espectrómetros.

Alguém poderia dizer que as amostras tiveram contaminação, mas não tiveram, até porque diamantes que foram encontrados em rochas do período Pré-cambriano (mais de 600.000.000 de anos) contêm carbono-14. Todos eles. Os diamantes são formados a 200 Km de profundidade, não existe possibilidade de contaminação.

O diamante mais antigo foi datado como tendo 58.000 anos. (John Baumgardner “Los Alamos National Laboratory”)

Como é possível um diamante que foi datado com 58.000 anos, estar numa rocha que foi datada com mais de 600.000.000 de anos, sendo que a teoria afirma que diamantes se formaram primeiro e só depois a rocha?

Fica então claro que a ciência naturalista, evolucionista, não considera todas as evidências para chegar à teoria de um planeta extremamente antigo, existem provas contundentes mostrando que as rochas da crosta primordial, do planeta Terra, ao invés de arrefecimento e solidificação ao longo de milhões de anos, cristalizaram-se quase que instantaneamente.

Pesquisas no campo da geologia revelaram que as rochas, do planeta Terra, formaram-se rápidamente tendo surgido em um tempo relativamente recente, e não por meio de um lento resfriamento. As pressuposições que unem toda a moldura da teoria evolucionista não explicam a história da Terra, e os indícios de que mudanças geológicas no passado teriam sido bem maiores que os observados hoje, não é reconhecido.

Análises realizadas a madeira carbonizada, de depósitos sedimentares considerados como sendo da era cretácea (145.000.000 de anos) e possivelmente das eras jurássicas e triásicas, revelaram que, a proporção entre o urânio 238 e o chumbo 206, deveriam ser baixas, no entanto, foram encontrados halos com proporções de urânio-chumbo que variam desde 2.200 até mais de 64.000.

Se as proporções de isótopos forem usadas como base para o estabelecimento da idade geológica, então as idades atualmente aceites podem estar elevadas a um fator de 10.000, admitindo a possibilidade de que a idade da formação de carvão deve ser medida em milénios.

Formações geológicas consideradas como possuindo centenas de milhões de anos, na realidade possuem apenas alguns milhares de anos de idade. Tal afirmação não foi refutada pela comunidade científica, permanecendo intacta sem qualquer contestação.

("Radiohalos and Coalified Wood: New Evidence Relating to the Time of Uranium Introduction and Coalification." Science Vol. 194, Pag.315-318, October 1976)

Mas afinal qual é a idade da Terra?

No interior do granito, existente no planeta Terra, existem cristais de zircónio contendo átomos de uranio que se desintegram, com o passar do tempo, transformando-se em átomos de chumbo. Com efeito, se forem contabilizados os átomos de chumbo podemos ter uma ideia de quantos átomos de uranio ter-se-iam desintegrado.

Na cadeia de desintegração uranio-chumbo, são produzidas partículas alfa que se transformam em átomos de hélio, os átomos de hélio presos no cristal, permite o acesso à quantidade de átomos de hélio que se formam na cadeia de desintegração e consequentemente quantos átomos de chumbo deveriam existir anteriormente.

Depois de contabilizados o número de átomos de chumbo, é feito o processo reverso, definindo-se deste modo a quantidade de átomos de hélio que deveria existir no interior do cristal de zircónio. Finalizado o processo, deparamo-nos com uma situação curiosa, constata-se que, após a difusão de hélio em cristais de zircónio, o número de átomos de hélio que deveria ser encontrado, não corresponde à sequência da desintegração do chumbo.

Acontece que, ao saírem do cristal, entram naturalmente na atmosfera e colocam-se abaixo dos limites da mesosfera, 80Km acima da superfície terrestre, e como consequência de uma temperatura de -90º Celsius, estão impedidos de se transpor para o vácuo.

O volume de hélio encontrado na atmosfera é produzido nas rochas, assim sendo, sabendo a relação entre os átomos de hélio existentes na atmosfera e a quantidade de átomos de hélio sendo produzidos no interior dos cristais, em conjunto com os átomos de hélio ainda guardados nos cristais, chega-se à conclusão que o processo de hélio entrando na atmosfera apenas pode estar ocorrendo no máximo há 6000 anos.

O registro microscópio de elementos em decomposição radioativa, em granitos, existe somente porque tais rochas foram instantaneamente criadas em forma sólida, se tivessem sido criadas por um lento resfriamento, os vestígios radioativos teriam desaparecido do processo sem deixar qualquer registro visual.

Para além de sua existência em granitos, com idades radiométricas diferentes, demonstra que todos foram criados no mesmo instante de tempo, este é o registo da criação instantânea encontrado em granitos por todo o planeta. Tal condição invalida a premissa básica do naturalismo a respeito da decomposição radioativa uniforme e faz desmoronar toda a estrutura de eras evolutivas.

Mas existem outros fatores limitantes, possíveis de mensurar.

Considerando as medições diretas ao diâmetro do Sol, que têm sido efetuadas desde 1836, a temperatura da superfície da Terra, no passado, tornaria a vida insustentável. Através de um cálculo ao diâmetro do astro, e a quantidade de calor que esta sendo emitido, chegamos a valores inacreditáveis, amplamente comprovados.

O Sol tem uma recessão de 1,5 metros por hora, ou seja, o Sol está a encolher 0,1% por cada século, significa isto que há 10.000 anos atrás o seu diâmetro era 10% maior que hoje. Tendo em conta a atual quantidade de calor proveniente do astro, aprox. 317º Kelvin (44Cº) -295º Kelvin, coeficiente refletor subjacente, obtemos uma temperatura média de 22 graus Celsius.

Com a mesma proporção em magnitude, há 10.000 anos atrás, a temperatura que o Sol produziria na Terra seria aprox. 432º Kelvin (159Cº) -410ª Kelvin, igual coeficiente de dispersão, e teríamos uma temperatura média de 137 graus centígrados. Ou seja, teríamos um planeta a uma temperatura media 37Cº acima do ponto de ebulição da água, o problema consiste em explicar como vida sobreviveria em um ambiente com uma temperatura de 37 graus centígrados acima do ponto de evaporação.

Aplicando a mesma dinâmica de causa efeito, lembrando a celebre proposição “é hoje tal como foi no passado” (proposta cosmológica evolucionista), é cientificamente impossível a sobrevivência de vida há 10.000 anos atrás, tal como é ensinado.

Em sequência deste fenómeno, o campo magnético da Terra perde metade da sua intensidade a cada 1.465 anos, ocorrência verificada de forma muito precisa, nestes últimos 30 anos, revelando que há 7.000 anos atrás, o campo magnético era 32 vezes maior que o de hoje. Entre as implicações inerentes, deparamo-nos com a total ausência de água (H2O), a atração química hidrogénio/oxigénio não pode realizar-se, ou seja; em decorrência das forças de indução adjacentes, nem moléculas de água se formariam.

Segundo a teoria da evolução, a terra teria vindo à existência há 4.500.000.000 de anos, porém, a difusão de hélio em cristais de zircónio, a ressecção solar e o efeito excessivo do dipolo magnético, demonstram que o planeta Terra não pode ter toda essa idade. A absoluta improbabilidade de solidez mineral (conclusão depreendida no magnetismo terrestre), não deixa dúvidas quanto a uma incandescente bola de plasma proliferando em um tempo limite de 40.000 anos, no passado.

O decaimento exponencial, do magnetismo terrestre, comprova que seria impossível pensar em termos de vida, adotando-se a premissa razoável de que, o valor inicial, do campo magnético, se encontra em uma ordem de grandeza inferior à de uma estrela magnética. Pois, se tal for equacionado, o campo magnético da Terra, em um passado não muito distante, seria equivalente ao do Sol.

Que elações podem tirar-se do progressivo afastamento lunar?

Sabemos que a Lua se afasta da Terra à razão de 3,82cm por ano, este afastamento é resultante do efeito da força gravitacional exercida entre estes dois corpos, as forças atuam fazendo os dois astros atraírem-se mutuamente. As deformações causadas nos oceanos, pela ação da gravidade da Lua (maré alta e maré baixa), fazem que a Lua gradativamente se afaste da Terra por meio de um movimento em espiral. Em resultado deste fenómeno, a Terra gira cada vez mais devagar em torno do seu próprio eixo.

A força de atração, que a Lua exerce sobre a Terra, produz um efeito de compressão nas águas dos oceanos, assim sendo, a altura das marés é sempre proporcional ao cubo da distância entre a Terra e a Lua. Como a Lua esta a afastar-se, fica claro que no passado os níveis das marés foram maiores que os atuais.

Podemos inferir, através de cálculos matemáticos, o que supostamente aconteceria, se a Lua estivesse a uma distância de 192.200 Km (metade da distância atual), as marés teriam valores oito vezes maiores que os atuais, o dia teria uma duração de apenas 10 horas e o nosso calendário estaria a 1.199.616.330 de anos atrás.

Marés com valores oito vezes maiores que os atuais, teriam deixado marcas visíveis nas formações rochosas das regiões costeiras do planeta. Tais marcas nunca foram encontradas.

Os cálculos mostram que, o limite máximo, para que a Lua estivesse próxima da Terra, seria de 1,2 biliões de anos (cronologia evolucionista), tendo por consequência desta vicinalidade, a rotação da Terra, em torno do seu próprio eixo, consumada a cada 4hrs e 57min, a uma velocidade média de 10.000 Km/h.

Significa então que a Lua começou a afastar-se da Terra há 1,2 biliões de anos atrás?

Absolutamente não!

Significa que seria inconcebível aceitar a ideia de que vida existia na Terra há biliões de anos, no passado. O efeito da força gravitacional da Lua sobre uma Terra seria devastador.

Os adeptos da teoria evolucionista gostam muito de atribuir datações extremamente exageradas, existe necessidade de contemplar uma grande quantidade de tempo para que todo o processo evolutivo possa ter uma oportunidade, ainda que hipotética, de se realizar.

Os fósseis contam a história de que não houve mudança radical, em termos das espécies; a vida, no nosso planeta, tem permanecido praticamente igual; os milhões e biliões de anos são frutos apenas da imaginação.

Vejamos o que disse o Dr. Andrew Knoll, evolucionista mundialmente reconhecido, paleontólogo e professor de biologia da Universidade de Harvard. Ele é a maior sumidade em naturalismo.

Quando perguntado sobre como vida teria surgido, ele respondeu;

«É um grande mistério, a resposta é que nós não sabemos realmente como vida se originou neste planeta».

Esta é a situação atual do conhecimento científico naturalista sobre a origem da vida, embora o ensino da geração espontânea, da vida, seja apresentado por muitos como sendo um facto comprovado e amplamente substanciado por inúmeras evidências, fazendo parte de uma teoria científica acima de toda e qualquer refutação.

A verdade é que, o estudo comparativo entre as propostas da teoria naturalista e da teoria criacionista, tomando-se como base as leis e as evidências que dizem apoiá-las, aplicando-se o mesmo padrão de questionamento, mostram claramente algo de muito errado.

O que dizer da proeminência topográfica com imponentes altitudes?

As cadeias de montanhas apresentam características muito interessantes, não parece que foram levantadas por uma força ascendente, tudo indica que foram dobradas, o problema é que para dobrar algo tão grande, como cadeias de montanhas, é necessário ter velocidades e massas com valores completamente absurdos. O movimento das placas continentais, tal como vemos hoje, é muito pequeno (2 a 5cm por ano), pese embora a massa seja enorme, este tipo de deslocamento não iria produzir dobramento de cordilheiras ou cadeias de montanhas.

Para tornar plausível o conceito de placas tectónicas, a teoria formulou uma defluência que depreende uma área de convergência, designada por região de subducção. Trata-se de um enquadramento geológico onde uma das placas desliza para baixo de outra em um movimento descendente, a interação que ocorre em virtude da diferença de pressão, provoca a fusão parcial do manto subjacente, estimulando erupções vulcânicas.

Acontece que subducção ainda não foi comprovada cientificamente, e as forças envolvidas para tornar possível tal fenómeno, são totalmente desconhecidas, as evidências demonstram uma acomodação da litosfera, ou melhor dizendo, trata-se da fase final onde todo um sistema se estabiliza.

Com efeito, no que respeita a tectónica de placas, existe uma grande dificuldade em conciliar o tamanho das placas com a quantidade de energia necessária para fazer que as mesmas se movimentem. Através do cálculo para energia cinética Ec=m.V2/2, podemos imaginar o que seria a movimentação de uma placa continental, por exemplo o continente americano.

Deste modo contempla-se no cálculo de área, uma superfície com 42.189.120 km², que, multiplicando por aproximadamente 11 quilómetros de altura, obtemos um volume de 464,179,320 Km3. Em seguida multiplica-se com o resultado do cálculo de densidade do granito (aprox.2750 kg/m3) para obtermos a massa volúmica, ou seja: Energia=1/2 da massa x velocidade 2 (deslocamento da placa) =1,27649313x1012 joules.

Toda esta energia torna inviável uma explicação física plausível, sendo que nas rochas a força de tenção é menor que a força de compressão, o resultado seria a total desintegração de um continente, despedaçando literalmente tudo o que é rocha sólida.

O que aconteceu para que hoje existam vários continentes?

A teoria das hidroplacas procura descrever a sucessão de acontecimentos que originou o estranho resultado que se observa no planeta Terra, entre os quais se compreende a rápida movimentação das placas continentais, o aparecimento da dorsal oceânica, tal como a surpreendente cadeia de montanhas e formação de canyons.

Grande parte dos geólogos aceitam que os depósitos sedimentares foram assentados há milhões de anos, no entanto, a geologia do planeta adapta-se perfeitamente a um modelo baseado na ocorrência de um grande dilúvio global, podemos observar que no planeta Terra existem demasiadas características consistentes com o resultado de uma inundação de proporções catastróficas, onde águas surgiram de camaras subterrâneas com uma liberação de energia que excede a explosão de 10 biliões de bombas de hidrogénio.

Semelhante explanação demonstra a que velocidade se formam as grandes montanhas, explica coerentemente os depósitos de carvão e de petróleo, o surgimento de vulcões e desfiladeiros, e esclarece de forma convincente a formação da camada estratificada que contem o registro fóssil. Tudo isto pode ser explicado por um mecanismo convergente, que tende para a realidade de uma era provavelmente constituída de um enorme supercontinente contendo vegetação viçosa, pequenas montanhas (altura max.2.5km), rios e oceanos pouco profundos (max.3.5km).

De acordo com a teoria das hidroplacas, a era pré-diluviana possuía uma grande quantidade de água subterrânea, uniforme, em torno de toda a superfície do planeta, sensivelmente 50% do volume existente nos oceanos atuais. Toda esta quantidade de água, separada por uma espessa camada de granito (abaixo do oceano primitivo), encontrava-se presa em câmaras interligadas, formando uma espécie de “pequenas bolsas" com aproximadamente 800 metros de largura, a sensivelmente 16Km abaixo da superfície da Terra.

Por algum motivo ainda desconhecido, ocorreu um aumento da pressão na camara de água subterrânea, é uma força exuberante que expandiu crosta acima, quando a pressão interna se tornou insustentável surgiu uma falha na crosta que começou com uma fenda expandindo-se progressivamente em ambas as direções. A fenda, seguindo o caminho da menor resistência, circundou o globo em menos de três horas. (velocidade do som na rocha 5.2km/s)

A água explodiu violentamente para fora da rutura, os cálculos demonstram que ao longo da fenda, fontes de água saíam em jatos supersónicos a mais de 30Km para a atmosfera, ocasionando chuvas torrenciais jamais superadas, a expansão do vapor produziu ventos violentos, parte da água saindo em jatos, acima da gélida estratosfera, congelou, formando cristais de gelo que causaram enormes tempestades de neve, enterrando, sufocando e instantaneamente congelando vários animais.

As fontes de alta pressão causaram erosão na rocha, em ambos os lados da fenda, espalharam-se enormes volumes de sedimentos que foram ficando retidos, enterrando plantas e animais, formando os registos de fósseis, a vegetação levada pela inundação segui-o para regiões onde se acumulou, decompondo-se em carvão e em petróleo através de processos possíveis de reproduzir em laboratório.

Simulações demostram que à medida que a erosão alargava a fenda, esta tornou-se de tal modo larga que as rochas pressionadas em baixo da camara subterrânea, devido há descompressão causada pela ausência da camada sólida mais externa, ergueram-se, dando origem à cordilheira oceânica que se estende ao longo de todo o planeta.

As placas continentais, denominadas por hidroplacas, ainda com água lubrificante por baixo, escorregaram literalmente afastando-se da cordilheira oceânica que emergia por efeito atenuante da compressão anteriormente em constante invariável. Posteriormente as maciças placas lentamente entram em um processo de desaceleração atingindo velocidades de aproximadamente 16,6m/s (60Km/h).

Pelo fator momento de inércia, quando chegado a locais de resistência, comprimiram-se tornando-se mais espeças, resultando em oceanos mais profundos por se estar em contacto com o basalto no fundo, e ao mesmo tempo, devido à compactação, os continentes tornam-se mais altos. As placas curvadas para cima formaram montanhas, as que se curvaram para baixo, na extensão inversa ao deslocamento, abriram profundas depressões para onde as águas se represaram. As fossas oceânicas são uma característica geralmente paralela à cordilheira, direção na qual os continentes deslizaram.

Esta síntese de acontecimentos sugere que os continentes se formaram durante os dias do dilúvio, todas as fontes de água surgiram em um único dia. Um evento cataclísmico, ocorrido há alguns milhares de anos, pode agora reunir-se, cientificamente, em uma ordem causa efeito através da teoria das placas hidrodinâmicas.

Uma terra originalmente coberta por viçosa vegetação, foi devastada por um dilúvio universal 1700 anos mais tarde, esta escala de tempo certamente se encaixa com todas as descobertas científicas até ao momento, e igualmente, de forma assertiva, água cobriu um dia toda a Terra. Carvão e petróleo seriam o resultado de uma devastação rápida e de um sepultamento da vegetação por um único evento cataclísmico.

No ano de 1927 foram descobertos fósseis marinhos de conchas, localizados perto do topo do monte Evereste, montanhas surgindo das águas, assim se descreve no livro de Génesis. De acordo com esta discrição, as conchas próximas ao topo do monte Evereste não representam uma surpresa.

A ciência naturalista, com a sua escala de tempo longo, defendida pela teoria evolutiva, afirma que o planeta Terra tem uma idade de 4,5 biliões de anos, mas o que se sabe é o seguinte;

Foi encontrada uma rocha, do tipo gneisse, muito similar ao granito, onde foram medidas as proporções de rubídio 94,6% e estrôncio 5,4%, dois elementos químicos presentes na rocha.

Depois de feita a medida proporção dos dois, usando estes valores, chegou-se à conclusão de que essa rocha teria sido produzida há 3.750.000.000 de anos atrás. A pressuposição é de que todo o estrôncio presente na amostra é resultado da decomposição do rubídio radioativo. A datação no entanto é questionável.

Supondo que a datação é verdadeira, está faltando uns 800.000.000 de anos para que a idade estabelecida pela academia científica, evolucionista, se possa estabelecer como plausível.

Então, para perfazer a astronómica idade que o ateísmo insiste em disseminar, é acrescentado uma outra teoria, baseada na “condensação do disco solar”, teoria esta que diz que a Terra é resultante do processo de colapso de matéria do Sol, aquando do impacto de uma estrela maior que passou por perto, e literalmente colidiu removendo pedaços do Sol. Depois de 800 milhões de anos, esses pedaços solidificaram num processo de resfriamento, formando o planeta Terra.

Com efeito, temos o somatório de duas teorias para perfazer a idade da Terra, uma tem como base uma pedra encontrada e datada com um método questionável, e outra absolutamente fundamentada em uma proposta teórica, não podendo ser medida e com arquétipo totalmente duvidoso.

A pergunta que tem de ser feita é a seguinte:

Como se pode segurar algo que é teórico, foi medido e é questionável, em seguida formular uma conjetura, unicamente teórica, que não foi medida e é controversa, e afirmar que o planeta tem 4.550.000.000 de anos?

Nada disto faz sentido, pelo menos cientificamente, mas como a ciência evolucionista precisa de milhões de anos, aqui está uma conta bonita de se ver.

O evolucionismo extrapolou o campo puramente biológico, é aplicado a tudo, nada mais é considerado estável, visto que se crê que tudo evolui. Neste sentido, a crença no evolucionismo pode ser apontada como uma das causas do relativismo triunfante em nossos dias, e assim se confirma que a especulação metafisica só é possível com uma visão dialética e gnóstica do universo.

A amplitude atribuída ao evolucionismo é de tal porte metafísico que, como não podia deixar de ser, alcança a esfera religiosa. O seu próprio deus (o tempo e o acaso) é considerado como um eterno devir, ou seja, é exatamente o oposto da verdadeira causa que originou todas as coisas, o Ser absoluto, imutável, AQUELE QUE É (Êxodo 3.14). 

Um dos argumentos utilizados para justificar a evolução era a suposta mutação genética que uma bactéria sofria, aumentando a sua resistência, e por conseguinte tornando-se indiferente à ação do antibiótico. Como esses micro-organismos se dividem para criar novos exemplares, achava-se (mas afirmava-se com toda certeza) que a “super-bactéria” disseminava a mutação para as suas descendentes.

Na verdade, pela forma como era anteriormente entendido, esse argumento só favorecia a microevolução (ou seja, essas mutações não transformam as bactérias em outro tipo de ser vivo, apenas as tornam mais resistentes). Mas, pelos vistos, nem isso era verdade.

Um novo estudo, porém, provou que as bactérias trabalham de uma forma bem diferente quando defrontadas com um ataque violento de antibióticos, estes micro-organismos são capazes de se autodestruir em prol da sobrevivência de uma colónia. A mais resistente produz, ao custo da própria energia, uma proteína que desencadeia um mecanismo de proteção às vizinhas mais fracas.

A descoberta, feita por pesquisadores do Howard Hughes Medical Institute, na Inglaterra, surpreendeu os cientistas. A pesquisa foi publicada pela revista especializada “Nature”, e mostra que, quando o grupo está ameaçado, as bactérias mais fortes sacrificam-se em prol das mais fracas, ao contrário do que se imaginava previamente (altruísmo em vez de sobrevivência do mais forte).

O que é a vida e qual a sua origem são dois problemas que, escapando do puro campo biológico, se estendem para a metafísica e a teologia, não é de espantar que as discussões sobre o evolucionismo resvalem sempre para o campo religioso.

Depois de perguntado se a evolução é uma teoria, um sistema, ou uma hipótese, Teilhard de Chardin, o principal responsável pela famosa fraude do homem de Piltdown, decrarou:

“É muito mais do que isso. É uma condição geral à qual se devem dobrar todas as teorias, todas as hipóteses, todos os sistemas; uma condição a que devem satisfação doravante para que possam ser tomadas em consideração e para que possam ser certas” (O fenómeno Humano, p. 245).

Portanto, fica bem demonstrado a parcialidade desta gente, homens que se prestam a um desserviço há intelectualidade, mostrando uma total falta da caráter, e tentando impor a sua conceção de ordem com argumentos filosóficos que se pretendem passar por científicos. Existe, de facto, uma finalidade premeditada para excluir qualquer outro procedimento.

A função da ciência não é provar como o universo e a vida surgiram espontaneamente, mas sim como o universo e a vida surgiram. Espontaneamente, ou não, é apenas uma das opções. A ciência deve pautar-se apenas pelo estudo dos fenómenos naturais, e não atribuir há pura especulação uma lógica empírica e científica.

Muitos cientistas se têm pronunciado contra a teoria evolucionista, e especialmente contra o Darwinismo, o famoso paleontólogo Nils Elredge, fundador com Jay Gould da teoria evolucionista do “equilíbrio pontuado”, declarou:

“Não é de espantar, que os paleontólogos tenham ignorado a evolução por tanto tempo. Aparentemente, ela jamais ocorre. A coleta cuidadosa de material na face de penhascos mostra oscilações em ziguezague, pequenas, e uma acumulação muito rara de leves mudanças no decorrer de milhões de anos, a uma taxa lenta demais para explicar toda a mudança prodigiosa que ocorreu na história evolutiva”.

Klaus Dose, ilustre cientista especializado no problema da origem da vida, concluiu:

“Mais de trinta anos de experimentação sobre a origem da vida nos campos da evolução química e molecular levaram a uma perceção mais clara da enormidade do problema, em vez de à sua solução. Atualmente, todas as discussões sobre os principais experimentos e teorias nesse campo terminam em um impasse ou numa confissão de ignorância".

Romão Casals

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A origem da vida

O texto que se segue, onde passo a descrever um posicionamento científico e filosófico, em que, além de particularmente ter a minha preferência em total concordância, contrariamente a muitas propostas no âmbito de pesquisa, provenientes do ateísmo militante, declara-se o posicionamento dos mais célebres cientistas da história, e sempre foi o ensinamento dos maiores pensadores de que há memória. Os argumentos utilizados, de forma elucidativa, são necessariamente inerentes a um esclarecimento com finalidade pedagógica.

Quando se fala em teorias científicas, torna-se difícil para o público fazer a separação entre facto e conjetura, os meios de comunicação gostam de publicar histórias sensacionalistas e alguns cientistas gostam de especular até onde as suas descobertas podem chegar. Em momento algum nos é dado uma explicação convincente conjugando evidências e conceitos fundamentados em induções de lógica e analogia.

O que advém da pesquisa científica é uma descoberta, é uma lei, é algo observável, ou é apenas uma interpretação de evidências?

Alguns termos são confundidos como sendo processos naturais, mas não o são, tais casos representam conceitos e não fenómenos diretamente observados, dependendo sempre de interpretações, hipóteses ou até mesmo de teorias, e não de formulações científicas rigorosas.

Evolução não e um processo natural, pois é tratado por dedução e não por observação direta, é importante compreender que processos naturais são observados diretamente na natureza e descritos através de uma fórmula científica apropriada. Acreditar em processos naturais e não demonstrar quais os mecanismos que estiveram na origem do processo, não é científico. É simplesmente ficção científica.

Vejamos o que escreveu o reconhecido cientista, Dr. George Walt, professor da Universidade de Harvard, prémio Nobel de medicina, adepto da teoria da evolução: Foi ele que descobriu como o olho humano consegue captar imagens, transforma-las em impulsos elétricos e enviar toda essa informação codificada ao cérebro para ser descodificada em consciência.

A respeito de tudo isto, ele afirma o seguinte:

«Basta contemplar a magnitude desta tarefa, para admitir que a geração de um organismo vivo é impossível, todavia, aqui estamos nós, como resultado, creu eu, da geração espontânea. A ideia razoável era crer na geração espontânea; a única outra alternativa seria crer no ato único e primário da criação sobrenatural. Não há uma terceira posição.»

Pode concluir-se que há necessidade de crer em qualquer uma das duas teorias, a evolução exige fé tanto quanto a criação. Tal como não é possível provar a existência de Deus, a sua inexistência consiste unicamente através da fé, é impossível provar qualquer das premissas porque ambas sobrevivem como proposta filosófica.

É inegável a influência de uma cosmovisão religiosa na estrutura do próprio pensamento científico. Ninguém pode conceber uma ciência sem um pressuposto de ordem.

Se a realidade fosse aleatória, ocasional, como os materialistas adoram alardear, não existiria ciência, porque a ciência passa do pressuposto de uma repetição de fenómenos que podem ser descritos e identificados. Existem regras, existem leis naturais que são imutáveis.

A teoria evolucionista desenvolvida por Charles Darwin e Alfred Wallace, no século XIX, propõe a seleção natural como a causa principal para a explicação da evolução, o livro “A Origem das Espécies”, publicado por Darwin em 1859, popularizou a teoria.

Por outro lado, o posicionamento criacionista é uma cosmovisão que propõe a origem do universo e da vida, assim como toda a complexidade encontrada na natureza, como sendo o resultado de um ato criador intencional. Tal condição constitui inferência de planeamento.

A inferência de planeamento é uma indução puramente a posterior (depois de examinar as evidencias) baseada em uma aplicação inexoravelmente consistente da logica e da analogia, a conclusão pode ter implicações religiosas, mas não depende de pressuposições religiosas.

Entre os muitos cientistas do presente e do passado que não aceitam a proposta evolucionista por questões científicas, deparamo-nos com, James Clerk Maxwell, James Prescott Joule, Louis Pasteur, Gregor Mendel, Thomas Anderson, Michael Faraday, Richard Owen, William Thompson, Alexander MacAlister, William Ramsay, apenas para citar alguns.

Tais assuntos não são novos, pois foram debatidos na antiga Grécia por volta do século V a.C., no tempo dos antigos filósofos, ideias sobre o universo ser eterno ou não, sobre a vida ter surgido espontaneamente ou ter sido criada, fazia parte da discussão de então.

Na antiga Grécia tratava-se única e simplesmente de uma discussão com ideias e acalorados pensamentos totalmente demarcados de qualquer posicionamento religioso. Platão e Aristóteles acreditavam que a ordem e organização que existe no universo e na vida, o tipo de interação que ocorre, mostram e constituem sinais claros de planeamento, a ideia de que o universo e a vida teriam vindo há existência espontaneamente, era inconcebível.

Tales de Mileto acreditava que tudo teria evoluído da água, esta é uma proposta com praticamente 2.600 anos, um dos seus discípulos, Empeleis de Agrigento, acreditava que, no mundo animal, sobrevive aquele que estiver melhor capacitado. Um grupo defendia a tese de uma possível geração espontânea, em que tanto o universo quanto a vida teriam vindo à existência por meio de processos chamados naturais, outro grupo defendia que o universo havia sido criado de acordo com um plano racional.

Os raciocínios que motivaram ambos os posicionamentos são, até certo ponto, os mesmos empregados ainda hoje. No entanto, muitas das propostas, embora aparentemente lógicas, encontram-se desprovidas de um embasamento solido sustentável.

A proposta das duas é bem simples; a evolução tem uma proposta cronológica espontânea e natural, no seguinte sentido:

1º Matéria inorgânica.
2º Compostos orgânicos.
3º Vida simples.
4º Vida complexa.

Por outro lado, dentro das provas da paleontologia, geologia, cosmologia, biologia molecular, entre outras áreas da ciência, tudo aponta para uma criação intencional em que matéria inorgânica e seres vivos apareceram praticamente ao mesmo tempo. Não houve um processo de evolução, tudo foi planeado, foi sobrenatural e é bastante evidente.

O universo veio há existência ex nihilo (a partir do nada), foi criado completo, funcional e com uma idade aparente, o seu design, o seu propósito e grau de complexidade, conferem-lhe a necessidade de um Criador.

Ao contrário da noção popular de que só o criacionismo se apoia no sobrenatural, o evolucionismo deve também apoiar-se, desde que as probabilidades de formação da vida ao acaso são tão pequenas que exigem um “milagre” de geração espontânea equivalente ao argumento teológico.

A lei da biogénese diz que vida gera vida, a proposta evolucionista afirma dogmaticamente não-vida gerando vida. Isto é totalmente o oposto das leis impostas há natureza.

Como explicar que “não-vida” teria produzido a vida?

Louis Pasteur demonstrou que micro-organismos não se formam através da geração espontânea a partir de substâncias orgânicas. As moléculas assimétricas (orgânicas) são sempre o resultado de forças da vida, transcendendo a realidade da matéria. A fragilidade grosseira dos argumentos ateístas e a constante propaganda de desinformação sublinham a dimensão de uma fraude que desafia a descrição em qualquer língua.

Sempre, em qualquer processo se observa que, do menos não pode vir o mais. Toda a causa tem que ser anterior e maior que o seu efeito.

A 1ª lei da termodinâmica estabelece que, se a energia do universo for constante, a sua capacidade de desorganização (entropia), sempre tende para o máximo. A energia do universo é constante e a sua tendência de desorganização sempre estará indo para o máximo.

De que forma o universo poderia ter-se organizado por conta própria, sendo que por conta própria as leis que regem o universo fazem com que ele se desorganize?

A 2ª lei da termodinâmica corrobora que a tendência natural de todos os sistemas é de partir do complexo para o simples, do organizado para o desorganizado, é assim que a energia flui de um modo natural, esta é uma lei fundamental, uma lei primária incontornável.

Em qualquer processo, a energia final produzida não pode exceder a energia inicial utilizada, este é um facto consistentemente observado. No entanto, no modelo da explicação evolucionista constata-se exatamente o contrário: «A desordem gerou a ordem».

«Sendo que o universo caminha continuamente para um estado de desorganização, ele deve ter sido energizado em algum momento, do passado, por meio de um processo que violou a segunda lei da termodinâmica.» (Hermann von Helmholtz)

«Não existe esperança para uma teoria se ela for contra a segunda lei da termodinâmica, nada mais lhe resta que o seu colapso em profunda humilhação.» (Sir Arthur S. Eddington)

A evolução quebra duas leis básicas a respeito da vida e existência da vida, a pergunta é:

Quais as leis científicas ou sequência de eventos prováveis (em laboratório) que corroboram a geração espontânea de todos os sistemas de coisas?

A resposta que nos é dada é a mesma que, supostamente, segundo eles, esteve na origem do universo, o famoso “Big Bang”. A base cientifica que suporta este misterioso evento não é nenhuma, pois a explicação de tal bizarro fenómeno traduz-se por, “Leis físicas estranhas e desconhecidas”, que é exatamente a designação técnica de “milagre”.

Uma teoria que diz que o universo começou com um milagre, não pode ser científica. Teorias exóticas e loucas pressuposições que não tem qualquer base científica, ou seja, usando o argumento da evolução naturalista, ela própria não tem condições para acontecer, cientificamente falando.

O que nos é dado observar, categoricamente, é que a natureza é formada por matéria e energia, sendo que também é evidente que matéria e energia obedecem às leis da natureza, matéria e energia não criam as leis da natureza. O que a ciência sabe, sem a menor sombra de dúvida, é que não foi a natureza que produziu as leis que regem a própria natureza, mas sem as leis da natureza, a natureza não existe.

A resposta é óbvia: «Não foi um processo natural».

Os adeptos da evolução atribuem a lógica empírica e cientifica a uma perspetiva, materialista, totalizante do universo, afirmando que a ciência se pauta por um materialismo metodológico. Na verdade o que se pretende afirmar, não é ciência, mas apenas a filosofia positivista, comteana (Auguste Comte) do seculo IV, ou seja; trata-se de um conceito filosófico que se tenta passar por científico. O princípio absoluto de que tudo é relativo.

O problema é que, o objeto da ciência, apenas é o estudo dos fenómenos naturais, e não a explicação integral do universo. A ciência não se auto explica, não existem evidências de que a ciência pode ser explicada cientificamente. As bases da ciência não são científicas, mas sim filosóficas. Quer isto dizer que, a ciência, muito antes de existir, ela nasce de uma especulação, e procede sobretudo de uma conceção de ordem, uma ordem natural.

Só é possível ter ordem natural de causalidade (ato-potencia) na condição de contingência do ser, e é precisamente isto que nos conduz ao incremento de uma ordem natural. Esta ordem natural não é possível dentro de um universo caótico (surgido através do caos), a menos que se atribua à matéria a faculdade de regeneração intencional.

Mas a matéria está sujeita a um ordenamento que ela mesma não comanda, ela tem todo um procedimento que é inerente à sua ontologia, em cada fenómeno ela tem uma finalidade, uma causalidade própria que exclui outras possibilidades. Este conceito de ordem, não somente existe na natureza, como também é captado pelo homem, esta ordem está aplicada aos fenómenos da natureza, assim como aos fenómenos da sociedade e da moralidade.

O que é informação biológica?

A informação que existe nos nossos genes hoje, traduzindo-se na formação espontânea de nucleótidos simples ou mesmo polinucleótidos, que deveriam ser capazes de terem sido replicados em uma terra pré-biótica, deve agora ser considerado como uma situação improvável à luz dos muitos experimentos sem sucesso algum.

Tem sido demonstrado de maneira inequívoca, por um grande número de cientistas, que todas as teses evolucionistas afirmando que os sistemas vivos se desenvolveram de polinucleótidos tendo-se originado espontaneamente, não possuem nenhum embasamento empírico.

Que adaptação é um facto real, disso ninguém tem dúvidas, mas a teoria sintética tenta provar o postulado de que macroevolução ocorreu.

A pergunta é?

O meio ambiente produziu uma carga genética que não existia antes, ou o meio ambiente ativou uma carga genética que já estava presente?

O que é observado empiricamente, em laboratório, é que as variações (adaptações) estão presentes na informação genética. Evolução significaria o aparecimento de uma função ou um órgão que não existia antes. O problema principal consiste em provar a macro evolução, excluindo a adaptação.

«Não existe nenhum traço de evidência a nível molecular para a tradicional sequência apresentada pela evolução» (Consideração final do Dr. Colin Patterson, Senior Principal Scientific Officer British Museum “Natural History”)

Pelo facto de não ser possível o acesso ao conhecimento na origem da criação, não inviabiliza toda uma pesquisa relacionada com os sinais detetáveis de um projeto inteligente, de um autor. Sinais de complexidade e informação encontram-se na natureza e não vieram à existência por meio de processos espontâneos, o design na natureza é real, resta saber se esse design é intencional ou não.

A função da ciência não é provar como o universo e a vida teriam surgido espontaneamente, mas sim como o universo e a vida teriam surgido. Espontaneamente, ou não, é apenas uma das opções.

Devemos observar o seguinte:

O elemento básico informação (código) é uma entidade mental, não material. Não é uma propriedade da matéria, tanto é que processos puramente naturais (materiais) são fontes fundamentalmente incapazes de gerar informação.

Quando tratamos da questão informação, existem três evidências importantes e sérias que confirmam um ato criador.

1º Um sistema de códigos é sempre resultado de um processo mental, isto é, requer uma origem inteligente ou um inventor. O ADN é um sistema de código.

2º Não existe nenhuma lei natural conhecida na qual matéria possa trazer há existência informação, nem tão pouco existe algum processo físico ou fenómeno material que possa fazer a mesma coisa.

3º Não existe nenhuma lei da natureza, nenhum processo e nenhuma sequência de eventos conhecidos que possam fazer com que informação possa originar-se por si mesma da matéria.

Porquanto as leis da natureza não são naturalistas, a sua origem não provém da natureza. Então a pergunta é:

Qual a origem das leis da natureza, sendo que estas leis se encontram além da própria natureza?

Certamente a ciência, por si só, não explica este fenómeno, pois a natureza é governada por imposições matemáticas improcedentes de uma constante observável, e como tal, não é possível, através do método científico, determinar a origem das regras impostas no comportamento dos átomos. Processos naturais produzem alterações nos códigos de informação, mas quando estamos na presença de mecanismos complexos com propósito específico, a manifestação constitui antevidência que nos remete a um originador.

As assertivas adjacentes na contradição do argumento materialista, revelam que a evolução nem tão pouco chega a ser uma teoria, é apenas uma conjetura impossível de testar em laboratório. Evolução é uma hipótese, uma proposta que tem como objetivo primário, explicar um fenómeno observável, não necessita ser testável, mas admissível.

Em virtude de uma compreensão adequada, é relevante notar que, teoria científica significa uma proposta analítica que visa compreender, explicar e fazer predições sobre um determinado fenómeno. Necessita ser testável. Não obstante, lei física é um mecanismo que rege os fenómenos naturais, testados e comprovados.

O criacionismo não é um posicionamento religioso, é uma proposta científica, filosófica extremamente interessante. A investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza, uma posição sustentada por cientistas tanto do passado como do presente.

O criacionismo afirma que processos naturais e leis da natureza, não teriam trazido há existência o universo e a vida. A criação é uma sequência de atos sobrenaturais em um curto espaço de tempo, durante o qual, do nada (ex-nihilo), toda a natureza veio à existência.

Quais são as evidências da criação?

Na verdade, existem evidências científicas que demonstram que tanto o universo quanto a vida fora previamente projetado. Todas as descobertas da ciência, e todos os raciocínios filosóficos, apontam para a criação sobrenatural no domínio metafisico. O exame sincero da verdade e da realidade, leva inexoravelmente à conclusão de que todas as coisas refletem a revelação direta, em ato continuo, no Ser absoluto. Somente uma total recusa de perceber a realidade, é que se poderá afirmar o contrário.

Da mesma opinião era o fundador da termodinâmica, James Prescott Joule, que ao estudar a energia cinética do calor (agitação de moléculas sem perder intensidade gradual) afirmou que o próximo passo após o conhecimento e a obediência à vontade de Deus, deve ser conhecer algo sobre os seus atributos de sabedoria, poder e bondade manifestos nas obras das suas mãos. Acho difícil compreender um cientista que não reconhece a presença de uma racionalidade superior por traz da existência do universo.

Isaac Newton, fundador da física clássica e descobridor da lei da gravidade, declarou:

“A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Esta passa a ser a minha última e mais elevada descoberta”.

Uma vez que a estrutura do universo é a mais perfeita e o trabalho de um sábio Criador, nada acontece, no universo, sem que uma regra de um máximo ou de um mínimo apareça, esta convicção é sustentada pelo proeminente matemático Leonhard Euler que em suas descobertas vinculou o cálculo diferencial e funções transcendentais de análises matemáticas (beta e gama). Também James Clerk Maxwell, fundador do eletromagnetismo, defendeu o posicionamento de que todas as coisas foram criadas de forma prodigiosa.

Johannes Kepler, quando desvendou as leis do movimento planetário proclamou:

Deus, o Criador, trouxe à existência todas as coisas do nada”

Para que realmente se chegue ao conhecimento da verdade, ao entendimento de uma realidade que é causa primeira e fim último de todas as coisas, o homem não pode renunciar, nem ao conhecimento dos sentidos, nem ao conhecimento intelectivo, por abstração. 
A falácia propagandista e as mentiras falaciosas do ateísmo militante, evidenciam única e simplesmente, a recusa de constatar os fundamentos pelos quais se acredita na verdade, ou seja; se a realidade não é aquilo que eu idealizo como realidade, então eu preciso negar a realidade para sustentar uma fantasia ideológica. Tudo isto demanda uma certa reflecção e um questionamento dos próprios postulados interiores, mas eles simplesmente ignoram o óbvio e orgulham-se da sua própria estupidez.
Contra a metafísica clássica, a metafísica moderna ao invés de procurar atingir o ser inalcançável pela razão, procura apenas criticar a razão, demarcando os limites de sua atuação. Em decorrência deste miserável raciocínio, entre posições contraditórias, a pessoa subordina o juízo às contingências da evolução mecanicista, conta uma mentira para si mesma, e faz um tremendo esforço, violentando a sua própria consciência, procurando suprimir da memória a verdade que ela não quer reconhecer.
É comum nas pessoas que se encontram nesta situação, para reduzir o desconforto, ao invés de reconhecer a contradição e abandonar a falsa convicção, reconhecendo o erro, tentar, mediante o auto engano, iludir-se desenvolvendo uma espécie de síntese dialética, tendo na premissa de interpretação filosófica, a imanente contradição entre aquilo que se acredita em profundo confronto com a realidade.
Por incrível que possa parecer, a tese evolucionista é mais religiosa do que científica, porque deliberadamente deixa sem resposta a formidável questão da origem da vida, apenas propõe soluções ilusórias, não menos formidáveis, nas transformações evolutivas. A evolução, supõe a existência de uma natureza etérea, dotada de poderes, radicalmente diferentes de tudo o que é conhecido cientificamente.
Para ser coerente, o evolucionismo descamba necessariamente no panteísmo, sendo que deve admitir que a matéria sempre existiu, portanto, que ela é eterna, infinita e omnipotente, o que significa dar à matéria as qualidades próprias de Deus. O ateísmo de Darwin só mascara um panteísmo subjacente.
A ingenuidade geométrica, de alguns cientistas, chega ao absurdo de imaginar que o evolucionismo darwiniano é um posicionamento puramente científico, sem nenhuma relação com a história, com a filosofia ou com a religião. Eles imaginam que o evolucionismo surgiu apenas, e tão só, dos estudos científicos de Darwin e de seus seguidores, todos hermeticamente isolados em seus laboratórios, profilaticamente preservados de qualquer contágio metafísico ou teológico.
O pensamento evolucionista de Darwin não era uma simples hipótese científica que ocorreu para combater ideias religiosas admitidas em certas questões. Era antes, o produto e uma parte essencial, de uma visão do mundo proximamente ligada à produção da revolução industrial e às inovações políticas. Portanto, o darwinismo só pode ser entendido como parte de uma “visão de mundo”, de uma visão obstinadamente revolucionária.
A essência do darwinismo reside numa única frase, “a seleção natural é a força criativa principal da mudança evolutiva". Quer isto dizer que, a doutrina darwinista submete a evolução à lei da sobrevivência do mais apto, as espécies lutam entre si, e as mais fracas, ou as menos aptas, desaparecem, é a vitória do mais apto que garante o progresso da evolução. Esta “lei universal” deve ser aplicada, também, dentro de cada espécie, tornando maior a probabilidade de se aperfeiçoar e de sobreviver.
O próprio Charles Darwin, em sua autobiografia, confessa que foi ao ler uma obra de Thomas Malthus sobre população, que teve a ideia da seleção natural, a conclusão primária originou-se, por analogia, através da luta pela sobrevivência entre indivíduos para seus próprios benefícios, a qual faria sempre o mais fraco ser eliminado. É notável como Darwin reconhece, entre animais e plantas, uma sociedade com divisões de trabalho, competição, e abertura a novos mercados, com a eliminação do mais fraco, justificando a lei do mais forte.
Tais fatos são altamente comprometedores, na medida em que o evolucionismo tem sido sistematicamente apresentado como uma teoria puramente científica e biológica, quando na verdade não é.
Pierre Thuillier, em seu livro “Darwin et Cie”, descobre o ideólogo escondido no “cientista” Charles Darwin:
«Ele havia decidido, antes mesmo de ter interpretado as suas famosas observações, que devia formular uma explicação global mecanicista. Darwin era um militante do ateísmo e do materialismo e tomava muito cuidado em esconder as suas verdadeiras motivações sob a aparência de um procedimento científico rigoroso.»
Devo acrescentar o seguinte:
Toda a ofensiva da ciência, pela teoria da evolução, está duplamente envolvida em ideologia; Por um lado, o próprio Darwin confessa que a sua visão materialista precedeu a coleta dos fatos. Por outro lado, desde há 100 anos o darwinismo alimenta outras teorias, com diferentes ideologias, que extraem do darwinismo justificativas para a sua filosofia ou metafísica.
Por conseguinte, o evolucionismo atual é mais do que uma teoria biológica, é um princípio absoluto, um dogma religioso de uma metafísica relativista que se sustenta na contradição sintomática de um relativismo fundamentado em um princípio abstrato.
É esta adesão incondicional a uma conjetura, jamais demonstrada, mamíferos que procedem de lagartos, e lagartos que se originam através dos peixes, que explica a origem destas escandalosas metamorfoses de uma teoria que, no seu reportório, conta com o maior número de fraudes e escândalos na história da ciência.
O célebre evolucionista, Richard Lewontin, confessou:
«Nós ficamos do lado da ciência, apesar do patente absurdo de algumas de suas construções, apesar de seu fracasso para cumprir muitas de suas extravagantes promessas, apesar da tolerância da comunidade científica em prol de teorias certamente não comprovadas, porque nós temos um compromisso prévio, um compromisso com o materialismo. Não é que os métodos científicos nos obriguem a aceitar uma explicação material dos fenômenos do mundo, mas, ao contrário, somos forçados por nossa prévia adesão à conceção materialista do universo, a criar um aparato de investigação e um conjunto de conceitos que produzam explicações materialistas. Não importa quão contraditórias, quão enganosas e quão mitificadas.» (New York Reviews of Books, 1987).
Fica então claro, que o evolucionismo não tem origem científica mas ideológica e religiosa. O evolucionismo não nasce de uma pesquisa científica imparcial, e sim de um ateísmo anterior que pretende, mais do que provar a evolução, negar a existência de um Criador. O evolucionismo é fruto necessário do ateísmo.
A teoria evolucionista, materialista, tendo raízes na filosofia nominalista de Ockham, adquiriu, múltiplas formas, e em todas, procura dar aos problemas metafísicos uma solução de caráter racionalista, cientificista, mecanicista e materialista. O evolucionismo parte do pressuposto que a matéria está em perpétua e infinita evolução, e que existe um verdadeiro monismo metafísico. É esta conceção de realidade igualitária do ser, que revela o seu fundo religioso.
A ideologia materialista afirma que, a causa da vida é totalmente material. A simples ordenação da matéria tem o poder de gerar a vida, ou seja; a finalidade última do “vir a ser” é a manifestação de uma “força misteriosa”, imersa na matéria, que procura acionar uma constante reação. Esta explicação não é mais que uma expressão da gnose, em roupagem científica, e não passa de um silogismo cujas origens remontam a Eckhart e ao misticismo das seitas medievais.
Quando a ciência deixa de ser questionável passa a ser dogmática, tornando-se numa religião, o problema reside no facto de pessoas que concentram as suas atenções em motivações ideológicas e não em propostas puramente científicas. Mas não é de espantar, porque tais maravilhosos pensamentos, proveem sempre, de mentes desprovidas das realidades metafisicas, apenas se detêm na filosofia existencialista.
Curiosamente, hoje, o dogma da evolução é aceito por quase todos sem qualquer exame mais profundo. No meio académico, é geral a aceitação de que o homem tem origem simiesca, ou de um ancestral comum do macaco e do homem. Entretanto, ninguém se pergunta que animal irá ser gerado pelo homem no futuro. Pois se a evolução é lei geral e fundamental da natureza, ela fará o homem evoluir para um estágio que estará para o homem, assim como este está para o macaco. Noutros termos, deveria surgir um super-homem.
Será possível acontecer que algo teria vindo à existência espontaneamente?

Para produzir o ADN, em uma célula, são necessários 75 tipos diferentes de proteínas formadas na combinação de 20 aminoácidos específicos (proteinogénicos), contudo, estas proteínas apenas são sintetizadas sob a orientação do ADN, ou seja, um requer o outro.

O enigmático processo de, tradução, replicação e transcrição, é o efeito da informação controlada, observada nas células. A complexidade da mais simples célula conhecida é tão grande, que é impossível aceitar que tal objeto possa ter sido colocado junto, rapidamente, por algum tipo fantástico, altamente improvável de evento, tal fenómeno seria indistinguível de um milagre. A geração de um organismo vivo é impossível, a alternativa sensata seria o ato único e primário da criação sobrenatural.

O código genético é uma molécula que contem informação rigorosamente codificada e extremamente organizada. Vida somente existe através de informação genética codificada, a qual não surge espontaneamente do nada.

Para descobrir a origem da vida, não adianta saber a origem do ADN, é necessário saber a origem da informação guardada no código genético.

Seria concebível aceitar que a codificação que produz a vida teria sido apenas fruto do acaso?
A experiência que temos é que, por acaso, coisas não acontecem, o acaso nunca produziu nada.

Toda a informação é produzida por atividade mental, sendo que, quanto maior for a complexidade, maior é a inteligência que está por traz. A habilidade das mutações randómicas e da seleção natural, não podem explicar a origem e a complexidade da vida.

A inimaginável grandiosidade do código genético existente em um ser humano é tal, que, o conjunto dos comprimentos de todos os segmentos do ADN proveniente das células, encontradas, é equivalente a 550 mil vezes a distância da Terra à Lua. A reconstituição aleatória, letra por letra, dos 32 volumes de uma enciclopédia britânica, representa apenas um milésimo da probabilidade do ADN de um protozoário ter surgido por conta própria (espontaneamente).

A suposta evolução nem sequer pode ser considerada uma teoria, ela não pode ser testável, não existe um único laboratório no mundo que demonstre, experimentalmente, a evolução de um invertebrado convertendo-se em um vertebrado, ou como um peixe evoluiria para um anfíbio, um anfíbio num reptil, um reptil numa ave, ou seja lá o que for. Isto não é testável. Ou seja, tecnicamente eu teria que considerar a evolução como uma mera hipótese, não uma teoria.

Muitas pessoas confundem variação com evolução, as variações ou adaptações não são necessariamente sinais de evolução, pelo contrário, estas capacidades de modificação são possíveis até um certo limite, são limitadas. Quando observamos variação, adaptação, especiação, especialização, no fundo estamos na presença de um mecanismo fantástico que faz que formas de vida tenham condição de se adaptar dentro de determinados ambientes.

Não existe um único exemplo comprovando informação genética codificada surgindo por meio de processos naturais, porque isto simplesmente não ocorre. Evolução é tão-somente uma hipótese, uma proposta filosófica que não precisa ser testável.

Qualquer teoria necessita ser testável, esta é uma definição da própria ciência, temos que saber distinguir entre ciência devidamente estabelecida e posicionamento científico (preferência teológica).

No campo da ciência verificam-se três posicionamentos pessoais que emergem no confronto de ideias influenciando a preferência e escolha de um posicionamento científico para estabelecer um princípio no âmbito pedagógico:

- Os teístas creem no Deus criador cooperando com a criação.
- Os deístas creem que Deus criou o universo e foi fazer outra coisa.
- Os ateístas não acreditam em Deus ou em algo semelhante.

No entanto, é impossível descrever a natureza sem recorrer a palavras com terminologia de planeamento, design, função, obra, estrutura, propósito, eficiência, interação, controle e resultado. Tem sido recorrente, na literatura naturalista, evolucionista, a utilização de termos que estão relacionados com processos de criação, aplicados a mecanismos meramente aleatórios. Significa isto que a verdadeira ciência claramente aponta para a existência de uma inteligência superior, consistindo na opção mais óbvia e coerente com a evidência.

A biodiversidade é a causa da variedade.

As unidades hereditárias chamadas genes, recombinam-se em formas diferentes de uma geração para outra. Diferentes combinações são formadas, não novos genes. Estas combinações produzem variações dentro de uma mesma “espécie”. Contudo existe um limite para que tais combinações sucedam. (Lei de Mendel: “Lei da hereditariedade”)

A base do criacionismo está factualmente ligado às evidências relacionadas com os sinais de inteligência, a ideia de complexidade e informação, um ato criador. Os sinais são detetáveis. Todas as coisas criadas constituem o produto de um ato único e soberano por parte de um criador omnisciente, omnipotente, e pessoal, o qual não depende da sua criação para sua existência, nem é parte dela.

Todas as formas de vida foram criadas simultaneamente de forma sobrenatural, completas no sentido se serem perfeitas, complexas, resultado de um projeto inteligente, com diversidade básica e capacidade de adaptação limitada (teor de informação genética quantitativa).

- Peixes, sempre foram peixes.
- Anfíbios sempre foram anfíbios.
- Répteis sempre foram répteis.
- Mamíferos sempre foram mamíferos.
- Aves sempre foram aves.

Formas de invertebrados e vertebrados, etc., todos foram criados com uma capacidade de variação restrita, a diversificação é o resultado de um design inteligente. Para encontrar as formas de vida perfeitas temos que voltar ao passado, quando todas as formas de vida ainda conservavam a totalidade genética (tipos básicos com possibilidade de variações).

Toda esta questão está relacionada com a ideia de complexidade e especificação no limite dos processos naturais, ou seja, há medida que seres vivos se vão especializando, vai diminuindo a capacidade de opções de variação. Como resultado da diminuição da reserva genética, o que literalmente ocorre não é um processo de evolução, mas sim um processo de extinção.

O que sucede nas diversas espécies do mundo animal, incluindo os humanos, representa um conhecido paradoxo para os biólogos evolucionistas. A seleção natural não tem poder evolutivo, mas apenas conservativo. Macroevolução é um dogma do ateísmo, um mito inconsequente, e como tal, vai sendo sustentado, a despeito das evidências em contrário.

Romão Casals